O seguro do carro elétrico é mais caro? Entenda como funciona e quais são os riscos
Com o crescimento dos veículos elétricos no Brasil, uma dúvida tem surgido com frequência: o seguro para carro elétrico é mais caro que o seguro para carro a combustão? A resposta pode surpreender: em muitos casos, o valor do seguro é equivalente. No entanto, existem particularidades importantes que o consumidor precisa entender.
Neste artigo, vamos explicar como funciona o seguro de carros elétricos, os principais riscos envolvidos e os desafios que o mercado ainda enfrenta.
Carros elétricos no Brasil: crescimento constante
Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), os carros elétricos já representam cerca de 7% da frota nacional. Isso mostra que o mercado está em plena expansão, impulsionado pelo interesse em tecnologias mais limpas e sustentáveis.
Com o aumento das vendas, cresce também a demanda por seguros automotivos para carros elétricos. As seguradoras, por sua vez, estão se adaptando a essa nova realidade.
Como é calculado o seguro de um carro elétrico?
A precificação do seguro para carro elétrico segue critérios semelhantes aos adotados para veículos a combustão:
- Modelo e valor do carro
- Perfil do motorista (idade, tempo de CNH, histórico)
- Local de circulação
- Finalidade de uso (pessoal ou profissional)
- Histórico de sinistros
No entanto, há um ponto crucial: a base de dados sobre sinistros envolvendo carros elétricos ainda é pequena, o que torna a análise de risco mais desafiadora.
De acordo com a Cilia Tecnologia, que realiza cerca de 70% dos orçamentos de sinistros do país, apenas 0,77% das ocorrências em 2024 envolveram veículos elétricos.
Principais riscos e desafios do carro elétrico
Apesar de serem considerados veículos altamente tecnológicos e seguros, os carros elétricos possuem riscos específicos que impactam diretamente no seguro.
1. Bateria de íons de lítio
A bateria é o coração do carro elétrico — e também o item que mais exige atenção. Quando superaquecida, pode causar incêndios de difícil controle, exigindo espaços amplos e abertos nas oficinas, com pelo menos 5 metros de distância entre veículos.
2. Infraestrutura limitada nas oficinas
Hoje, o Brasil conta com cerca de 140 mil oficinas que atendem veículos a combustão, mas menos de 10% estão preparadas para lidar com carros elétricos. A maior parte dos reparos ainda é feita nas concessionárias, o que pode limitar opções e elevar o custo de manutenção.
3. Especialização técnica
Oficinas precisam de profissionais certificados para manusear componentes de alta tensão, além de equipamentos específicos exigidos por lei. Essa estrutura demanda investimento alto e não está amplamente disponível no país.
O futuro do seguro para carros elétricos
Especialistas acreditam que, com o avanço da tecnologia e a ampliação da frota elétrica, o mercado de seguros tende a se equilibrar. A tecnologia embarcada nos carros elétricos promete reduzir colisões e até roubos, o que deve refletir em preços mais competitivos no médio e longo prazo.
Além disso, à medida que aumentam os registros de sinistros, as seguradoras terão mais dados para mensurar riscos de forma precisa, ajustando os valores com mais assertividade.
Conclusão
O seguro de carro elétrico em 2025 está se tornando cada vez mais acessível, mas ainda carrega desafios relacionados à infraestrutura, especialização técnica e riscos específicos como o das baterias. Para quem pensa em adquirir um veículo elétrico, vale a pena pesquisar bem as seguradoras, buscar oficinas especializadas e se manter informado sobre as atualizações do setor.
Dica final: consulte a Ducon Seguros sobre as opções específicas para veículos elétricos e verifique se a rede de oficinas credenciadas é compatível com o seu modelo.